terça-feira, 31 de maio de 2011

FRASE DO DIA

´"O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons".
Martin luther King

ORIGEM DO TEATRO

 (teatro romano em Antalya, Turquia)

       O teatro surgiu a partir do desenvolvimento do homem, através das suas necessidades. O homem primitivo era caçador e selvagem, por isso sentia necessidade de dominar a natureza. Através destas necessidades surgem invenções como o desenho e o teatro na sua forma mais primitiva. O teatro primitivo era uma espécie de danças dramáticas colectivas que abordavam as questões do seu dia a dia, uma espécie de ritual de celebração, agradecimento ou perda. Estas pequenas evoluções deram-se com o passar de vários anos. Com o tempo o homem passou a realizar rituais sagrados na tentativa de  apaziguar os efeitos da natureza, harmonizando-se com ela. Os mitos começaram a evoluir, surgem danças  miméticas (compostas por mímica e música).
         Com o surgimento da civilização egípcia os pequenos ritos tornaram-se grandes rituais formalizados e baseados em mitos. Cada mito conta como uma realidade veio a existir. Os mitos possuíam regras de acordo com o que propunha o estado e a religião, eram apenas a história do mito em ação, ou seja, em movimento. Estes rituais propagavam as tradições e serviam para o divertimento e a honra dos nobres. Na Grécia sim, surge o teatro. Surge o “ditirambo”, um tipo de procissão informal que servia para homenagear o Deus Dioniso (Deus do Vinho). Mais tarde o “ditirambo” evoluiu, tinha um coro formado por coreutas e pelo corifeu, eles cantavam, dançavam, contavam histórias e mitos relacionados a Deus. A grande inovação deu-se quando se criou o diálogo entre coreutas e o corifeu. Cria-se assim a acção na história e surgem os primeiros textos teatrais. No início fazia-se teatro nas ruas, depois tornou-se necessário um lugar. E assim surgiram os primeiros teatros.



segunda-feira, 30 de maio de 2011

FRASE DO DIA

"Façamos da interrupção um caminho novo.
Da queda um passo de dança,
do medo uma escada,
do sonho uma ponte, da procura um encontro!"
Fernando Sabino

A ORIGEM DA DANÇA

"Quando eu nasci / eu já dançava", escreveu Mario de Andrade num de seus poemas. E o mesmo verso poderia valer para toda a espécie humana: o homem vem dançando desde que apareceu e se organizou socialmente, há mais de 10 mil anos. Dela surgiram às representações teatrais, as formas de entretenimento coletivo. Mas o homem não começou a dançar e não cultivou a dança apenas para divertir-se. Ao contrário, a dança era uma atividade muito séria, uma cerimônia grupal de sentido mágico-religioso, um rito que permitia entender-se com as forças sobrenaturais, ou uma espécie de ensaio geral simbólico para a guerra.
A vida muda e a dança também: passou o tempo em que se dançava para homenagear os espíritos; veio o tempo de dançar para exprimir alegria, novos ritmos apareceram à medida que se criavam novos instrumentos musicais; a dança por fim tornou-se puro divertimento, uma agradável maneira de conviver com o próximo.

Em Tóquio, Nova York, Paris e Rio de Janeiro dançam-se conforme a mesma música - geralmente de inspiração norte-americana, do fox aos blues, do charleston ao rock, ao twist e a todas as modalidades surgidas com o iê-iê-iê. Mas também se dança o tango, o bolero, a rumba, o mambo, o cha-cha-cha - criações latino-americanas. E o nosso samba, bossa-velha ou bossa-nova, não fica de fora nesse baile internacional, da "baiana" Carmen Miranda à "Garota de Ipanema". O que se conclui é que a dança nunca desaparece: muda de nome, sofre acréscimos, assume novos sentidos culturais e continua viva. As danças evocativas isoladas deram lugar às danças de participação geral, de colaboração instintiva. Não se dança antes de ir para a guerra, mas se dança na boa paz da alegria. Os pares ou individualmente, a dança traduz sempre um forte sentido de integração das pessoas num grupo: o ritmo que experimentam é o mesmo; mesma é a sensação que vivem.
Origem e descendência dos Ritmos
BOLERO - Origem africana - descendência Cubana.
MERENGUE - Origem e descendência Caribenha.
MAMBO - Origem Africana - descendência Cubana.
RUMBA - Origem indígena - descendência Porto-Riquenha com desenvolvimento em Cuba.
SALSA - Origem e descendência Caribenha.
AXÉ-MUSIC - Origem na capoeira - descendência Baiana.
SAMBA - Origem indígena, influência Afro-Indígena - descendência Brasileira.
PAGODE - Origem no samba - descendência Brasileira com desenvolvimento em São Paulo.
SAMBA-GAFIEIRA - Origem no samba - descendência Brasileira com desenvolvimento no Rio de Janeiro.
FOX-TROT - Origem no Swing - descendência Americana.
ROCK'IN ROLL - Origem no Twist - descendência e desenvolvimento Americano.
SWING - Origem e descendência Americana.
HUSTLE - Origem no swing com influência da discoteca.
PASO-DOBLE - Origem Flamenca com desenvolvimento e descendência Espanhola.
FORRÓ - Origem nordestina - descendência do xote e baião.
LAMBADA - Origem Zook com desenvolvimento no Brasil.
ZOOK - Origem Francesa com desenvolvimento na Europa e no Brasil.
COUNTRY - Origem e desenvolvimento nos EUA - descendência folclórica.
TANGO - Origem Espanhola com descendência e desenvolvimento Argentino.
CHA-CHA-CHA - Origem Latina - descendência Cubana.
VALSA - Origem Europeia com descendência Vienense e desenvolvimento no mundo inteiro, influência no reinado de Luís XV.
XOTE - Origem indígena com descendência e desenvolvimento nordestino.
VANERÃO - Origem Alemã com desenvolvimento no Rio Grande do Sul.
CHORINHO - Origem de ritmos musicais populares no Brasil até ser desenvolvido para a dança.
MILONGA - Origem no Tango com desenvolvimento Argentino.

domingo, 29 de maio de 2011

UnB EM BRAZLÂNDIA

Núcleos de extensão

O que são

Os núcleos de extensão são unidades localizadas estrategicamente em regiões administrativas do Distrito Federal e voltadas para o desenvolvimento de atividades acadêmicas. As ações visam a incentivar a interação entre a universidade e a sociedade, integrando as artes e a ciência, ao ensino, à pesquisa e ao desenvolvimento social. A iniciativa proporciona a troca de conhecimento entre comunidade e academia. De um lado, a sociedade tem acesso ao conhecimento produzido na academia. De outro, os alunos da UnB têm a oportunidade de colocar em prática o que aprendem na universidade.

Extensão Brazlândia
Criado em outubro de 2008, o Núcleo de Extensão da UnB em Brazlândia é um ambiente para os alunos desenvolverem cursos, projetos e oficinas que beneficiem a comunidade. Por ser recente, as parcerias ainda não estão definidas. Os interessados em participar de atividades devem procurar o Decanato de Extensão (DEX).

Contato:
Setor Veredas Quadra 3 Lote 2
Telefone: 55 61 3307 2610 ramal 22

    Jovens de Brazlândia
  Jovens em atividade com a coordenadora
Atividade sendo desenvolvida com os jovens
Fonte: Disponível na Internet via WWW. URL: http://www.unb.br/novos_campi/extensao_brazlandia 29 de maio de 2011.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

FRASE DO DIA

"Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é".
Caetano Veloso

O MUNDO É UM MOINHO

        Como citamos alguns dos melhores compositores da música popular brasileira, hoje trouxemos a música de Angenor de Oliveira, mais conhecido como Cartola.
       Considerado por diversos músicos e críticos como o maior sambista da história da música brasileira, Cartola nasceu no bairro do Catete, mas passou a infância no bairro de Laranjeiras. Tomou gosto pela música e pelo samba ainda moleque e aprendeu com o pai a tocar cavaquinho e violão. Dificuldades financeiras obrigaram a família a se mudar para a favela no morro da Mangueira.
      Com 15 anos, após a morte de sua mãe, abandonou os estudos - tendo terminado apenas o primário. Arranjou emprego de servente de obra, e passou a usar um chapéu-coco para se proteger do cimento que caía de cima. Por usar esse chapéu, ganhou dos colegas de trabalho o apelido "Cartola".
       
Composição: Cartola

Ainda é cedo, amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar

Preste atenção, querida
Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és
Ouça-me bem, amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos, tão mesquinho.
Vai reduzir as ilusões a pó
Preste atenção, querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavaste com os teus pés

Fonte:
Cartola. Disponível na Internet via WWW.URL:http://letras.terra.com.br/cartola/44901/ 26 de maio de 2011. Video desta música: http://www.youtube.com/watch?v=L8U1Y9PBfig

quarta-feira, 25 de maio de 2011

FRASE DO DIA

"A sabedoria consiste em compreender que o tempo dedicado ao trabalho nunca é perdido".
Ralph Emerson

ENSAIO

        A história da música popular brasileira está precisamente registrada para a eternidade. São figuras humanas que estão sempre marcdas em nossas vidas, deixaram e deixam com suas imagens o grande acervo da nossa cultura. Aqui, compositores (as), cantores (as) e músicos negros e negras mostram a estética mais pura dos ritmos e artes que construíram os sons do Brasil. Aqui estão: Cartola, Sandra de Sá, Naná Vasconcelos, Dona Ivone Lara, Luiz Melodia, Paulinho da Viola, Clementina de Jesus, Zezé Motta, Raul de Souza, Jorge Ben, Jackson do Pandeiro.










Fonte: THOMPSON, Mario Luiz. "Ensaio", Caros amigos, ano XIV, n° 161/2010, p. 24-25.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

FRASE DO DIA

"Quando fizeres algo nobre e belo e ninguém notar, não fique triste. Pois o sol toda manhã faz um lindo espetáculo e no entanto, a maioria da platéia ainda dorme..."
John Lennon

CANTORES DE TODOS OS TEMPOS


       A Rolling Stone americana colocou como reportagem de capa de sua edição de novembro uma lista com os 100 maiores cantores de todos os tempos. Em primeiro lugar está Aretha Franklin e em último Mary J. Blige. E, pasmem, na lista não“monstros sagrados e incontestáveis” como Ella Fitzgerald  e Frank Sinatra. No entanto, temos a presença de artistas como Christina Aguilera e Axl Rose. Não sabemos quais foram os critérios levados em conta para tal seleção. Mas, vamos à lista:
  1. Aretha Franklin
  2. Ray Charles
  3. Elvis Presley
  4. Sam Cooke
  5. John Lennon
  6. Marvin Gaye
  7. Bob Dylan
  8. Otis Redding
  9. Stevie Wonder
  10. James Brown
  11. Paul McCartney
  12. Little Richard
  13. Roy Orbison
  14. Al Green
  15. Robert Plant
  16. Mick Jagger
  17. Tina Turner
  18. Freddie Mercury
  19. Bob Marley
  20. Smokey Robinson
  21. Johnny Cash
  22. Etta James
  23. David Bowie
  24. Van Morrison
  25. Michael Jackson
  26. Jackie Wilson
  27. Hank Williams
  28. Janis Joplin Nina Simone
  29. Prince
  30. Howlin’ Wolf
  31. Bono
  32. Steve Winwood
  33. Whitney Houston
  34. Dusty Springfield
  35. Bruce Springsteen
  36. Neil Young
  37. Elton John
  38. Jeff Buckley
  39. Curtis Mayfield
  40. Chuck Berry
  41. Joni Mitchell
  42. George Jones
  43. Bobby “Blue” Bland
  44. Kurt Cobain
  45. Patsy Cline
  46. Jim Morrison
  47. Buddy Holly
  48. Donny Hathaway
  49. Bonnie Raitt
  50. Gladys Knight
  51. Brian Wilson
  52. Muddy Waters
  53. Luther Vandross
  54. Paul Rodgers
  55. Mavis Staples
  56. Eric Burdon
  57. Christina Aguilera
  58. Rod Stewart
  59. Björk
  60. Roger Daltrey
  61. Lou Reed
  62. Dion
  63. Axl Rose
  64. David Ruffin
  65. Thom Yorke
  66. Jerry Lee Lewis
  67. Wilson Pickett
  68. Ronnie Spector
  69. Gregg Allmann
  70. Toots Hibbert
  71. John Fogerty
  72. Dolly Parton
  73. James Taylor
  74. Iggy Pop
  75. Steve Perry
  76. Merle Haggard
  77. Sly Stone
  78. Mariah Carey
  79. Frankie Valli
  80. John Lee Hooker
  81. Tom Waits
  82. Patti Smith
  83. Darlene Love
  84. Sam Moore
  85. Art Garfunkel
  86. Don Henley
  87. Willie Nelson
  88. Solomon Burke
  89. The Everly Brothers
  90. Levon Helm
  91. Morrissey
  92. Annie Lennox
  93. Karen Carpenter
  94. Patti LaBelle
  95. B. B. King
  96. Joe Cocker
  97. Stevie Nicks
  98. Steven Tyler
  99. Mary J. Blige

domingo, 22 de maio de 2011

FRASE DO DIA

"Sábio é o ser humano que tem coragem de ir diante do espelho da sua alma para reconhecer seus erros e fracassos e utilizá-los para plantar as mais belas sementes no terreno de sua inteligência".
Augusto Cury

TUDO PELA CULTURA, OU A CULTURA POR TUDO?

Sempre falo que não existe nada mais importante para as favelas e periferias do Rio de Janeiro (na área cultural) do que as Escolas de Samba. Porém, não posso esconder as contradições que o carnaval provoca, e vou dizer porquê.
         Só no Estado do Rio de Janeiro tem 70 Escolas de Samba. Cada escola recebe em média 25 sambas por ano, para que possa escolher 1 que irá apresentar no seu desfile. Cada samba tem em média 4 compositores. Somando esses número chegaremos a soma 7 mil compositores espalhados por todo Brasil (a maioria do Rio e moradores de subúrbios e favelas), pensando e escrevendo sobre a história do nosso país.
         A soma de trabalhadores envolvidos com o carnaval eu nem me atrevo em fazer aqui, mas me atrevo em dizer que não existe no mundo um espetáculo que empregue tanta gente. Daí a importância a que me refiro.
         Com o crescimento econômico a cada ano, o carnaval foi sendo aceito e usado (pelos governantes e empresas privadas) e tudo o que lhe envolve também. Falo dos patronos das escolas de samba que na grande a maioria são contraventores e mesmo assim conseguem, além de fazer o carnaval junto com a Prefeitura, Governo do Estado e Governo Federal, negociar o evento com as maiores marcas do mercado brasileiro e internacional.
         Mas essa parceria tem um preço, e eles (governantes e empresários) sabem cobrar.
         Para o povo, carnaval é festa; para mídia é lucro; para as empresas, é propaganda e para o governo, o carnaval é tudo isso junto (povo, festa, mídia, lucro, empresa e propaganda).
         Esses interesses são ameaçados quando se fala em problemas sociais. Como isso, as Escolas de Samba quando fazem um enredo criticando ou denunciado situações do nosso cotidiano, tem uma forte chance de ser penalizadas na hora do julgamento.
         E os exemplos são muitos, e um dia escrevo sobre isso aqui.
         Mas entre tantos interesses, vou finalizar falando da propaganda governamental desse ano no carnaval Carioca.
         Aproveitando a “lua de mel” em que vive a Policia Militar do Rio de Janeiro e a mídia Carioca, o governo não teve dúvida, e a Policia Militar foi o produto da vez.
         A Unidos da Tijuca teve o medo como enredo, e o nome desse enredo era a seguinte frase: “Essa noite levarei sua alma.”
         Frase muito parecida com a do CAVEIRÃO (veiculado blindado utilizado pelo BOPE), que assim que começou a invadir favelas falava assim: “Eu vim roubar a sua alma”.
         A bateria da Mangueira vestida de oficial da PM e marchando na avenida deu pra engolir, já que o saudoso Nelson Cavaquinho era da corporação, mas havia ali uma nítida intenção de valorizar a imagem da PM.
         Mas o fim da picada foi ver a bateria do Salgueiro vestida de BOPE, não quero censurar. Cada carnavalesco  que escolha como deve vir sua escola, só quero alertar  que se eles estivessem falando que precisamos repensar a nossa policia, eles não teriam a mesma liberdade.
         No fim valeu a pena, todas elas voltaram a desfilar entre as campeãs do carnaval.
         Mas fomos salvos pelo rei.
         Parabéns a Beija Flor, e que nem tudo acabe em carnaval!

Mc Leornado é presidente da APAfunk, cantor e compositor.
Fonte: LEONARDO, mc. "tudo pela cultura, ao a cultura por tudo?", Caros amigos, ano XV, n° 169, maio de 2011, p. 6.

sábado, 21 de maio de 2011

FRASE DO DIA

"É melhor atirar-se à luta em busca de dias melhores, mesmo correndo o risco de perder tudo, do que permanecer estático, como os pobres de espírito, que não lutam, mas também não vencem que não conhecem a dor da derrota, nem a glória de ressurgir dos escombros. Esses pobres de espírito, ao final de sua jornada na Terra não agradecem a Deus por terem vivido, mas desculpam-se perante Ele, por terem apenas passado pela vida."
Bob Marley

CANTORES

Veja a seguir dois cantores que morreram, mas marcaram a história do rock e tiveram seus nomes lembrados diante de toda a história.

LEMBRANÇAS


Certa vez, Cazuza disse: “(...) eu tenho orgulho de fazer parte de uma geração que tem o Renato Russo, o Arnaldo Antunes, o Lobão, uma geração que acabou com essa história de que rock é bobagem. O rock já não é uma coisa da qual se possa debochar... A gente está com uma força de palavras, as pessoas estão ouvindo o que o Renato Russo fala, o que o Lobão fala... Por mais que cada um tenha caminhos loucos, eles estão falando”.
Em 1995, Renato Russo disse: “As pessoas vem, as pessoas vão... e o Cazuza foi e faz muita falta. Eu, sinceramente, sinto muito a falta dele, porque ele era uma espécie de ponto de referência, sabe? Nós temos o mesmo signo, a mesma idade, gostamos de Billie Holliday e de milkshake... Mas ele se foi... só que eu acho que a poesia dele fica para sempre... Eu me lembro de que no lançamento de Que País é Este, em 87, o cazuza foi lá, já bem doente. Ele me disse uma vez que foi aquele negócio de ‘inveja criativa’ e quando ele ouviu “Que País é Este” foi aquela inspiração pra ele escrever Brasil, que é uma das músicas mais importantes. E todo mundo fala nos músicos dos anos 80... e o interessante disso é que Cazuza não é só dos anos 80... é pra sempre.”
"OS POETAS AINDA ESTÃO VIVOS. FORÇA SEMPRE!"
Fonte: Disponível na Internet via WWW. URL: http://bloglegionario.blogspot.com/2009/03/cazuza-renato-russo-cazuza-poesia-nunca.html 21 de maio de 2011.

EXAGERADO

CAZUZA
Composição : Cazuza / Ezequiel Neves / Leoni
Amor da minha vida
Daqui até a eternidade
Nossos destinos
Foram traçados na maternidade

Paixão cruel desenfreada
Te trago mil rosas roubadas
Pra desculpar minhas mentiras
Minhas mancadas

Exagerado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado

Eu nunca mais vou respirar
Se você não me notar
Eu posso até morrer de fome
Se você não me amar

E por você eu largo tudo
Vou mendigar, roubar, matar
Até nas coisas mais banais
Prá mim é tudo ou nunca mais

Exagerado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado

E por você eu largo tudo
Carreira, dinheiro, canudo
Até nas coisas mais banais
Prá mim é tudo ou nunca mais

Exagerado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado

Jogado aos teus pés
Com mil rosas roubadas
Exagerado

CAZUZA

Cazuza (nascido Agenor de Miranda Araújo Neto; Rio de Janeiro, 4 de abril de 1958 — Rio de Janeiro, 7 de julho de 1990) foi um cantor e compositor brasileiro que ganhou fama como vocalista e principal letrista da banda Barão Vermelho. Sua parceria com Roberto Frejat foi criticamente aclamada.
Cazuza tornou-se um dos ícones da música brasileira da década de 1980. Dentre seus sucessos musicais em carreira solo, destacam-se "Exagerado", "Codinome Beija-Flor", "Ideologia", "Brasil", "Faz Parte Do Meu Show", "O Tempo Não Pára" e "O Nosso Amor A Gente Inventa".
Cazuza também ficou conhecido por ser rebelde boêmio e polêmico, tendo declarado em entrevistas que era bissexual. Em 1989 declarou ser soropositivo e sucumbiu à doença em 1990, no Rio de Janeiro.
Infância e adolescência
Filho de João Araújo, produtor fonográfico, e de Lucinha Araújo, Cazuza recebeu o apelido mesmo antes do nascimento. Agenor, seu verdadeiro nome foi recebido por insistência da avó paterna. Na infância, Cazuza nem sequer sabia seu nome de batismo, por isso não respondia à chamada na escola. Só mais tarde, quando descobre que um dos compositores prediletos, Cartola, também se chamava Agenor (na verdade, Angenor, por um erro do cartório), é que Cazuza começa a aceitar o nome.
Cazuza sempre teve contato com a música. Influenciado desde pequeno pelos grandes nomes da música brasileira, ele tinha preferência pelas canções dramáticas e melancólicas, como as de Cartola, Dolores Duran, Lupicínio Rodrigues, Noel Rosa, Maysa e Dalva de Oliveira. Era também grande fã da roqueira Rita Lee, para quem chegou a compor a letra da canção "Perto do fogo", que Rita musicou.
Cazuza cresceu no bairro do Leblon e estudou no Colégio Santo Inácio até mudar para o Colégio Anglo-Americano, para evitar reprovação. Como os pais às vezes saíam à noite, o filho único ficava na companhia da avó materna, Alice. Por volta de 1965, ele começou a escrever letras e poemas, que mostrava à avó.
Graças ao ambiente profissional do pai, Cazuza cresceu em volta dos maiores nomes da Música Popular Brasileira, como Caetano Veloso, Elis Regina, Gal Costa, Gilberto Gil, João Gilberto, Novos Baianos, entre outros. A mãe, Lucinha Araújo, também cantava e gravou três discos.
Por causa da promessa do pai, que disse que lhe presentearia com um carro caso ele passasse no vestibular, Cazuza foi aprovado em Comunicação em 1976, mas desistiu do curso três semanas depois. Mais tarde começou a frequentar o Baixo Leblon, onde levou uma vida boêmia. Assim, João Araújo criou um emprego para ele na gravadora Som Livre, da qual ainda é presidente. Na Som Livre, Cazuza trabalhou no departamento artístico, onde fez triagem de fitas de novos cantores. Logo depois trabalhou na assessoria de imprensa, onde escreveu releases para divulgar os artistas.
No final de 1979 ele fez um curso de fotografia na Universidade de Berkeley, em São Francisco, Estados Unidos. Lá descobriu a literatura da Geração Beat, os chamados poetas malditos, que mais tarde teria grande influência na carreira.
Em 1980 ele retornou ao Rio de Janeiro, onde ingressou no grupo teatral Asdrúbal Trouxe o Trombone no Circo Voador. Foi nessa época que Cazuza cantou em público pela primeira vez.
O cantor e compositor Léo Jaime, convidado para integrar uma nova banda de rock de garagem que se formava no bairro carioca do Rio Comprido não aceitou, mas indicou Cazuza aos vocais. Daqueles ensaios na casa do tecladista Maurício Barros, nasceu o Barão Vermelho.
Barão Vermelho
O Barão Vermelho, que até então era formado por Roberto Frejat (guitarra), Dé Palmeira (baixo), Maurício Barros (teclados) e Guto Goffi (bateria), gostou muito do vocal berrado de Cazuza. Em seguida, Cazuza mostra à banda letras que havia escrito e passa a compor com Roberto Frejat, formando uma das duplas mais festejadas do rock brasileiro. Dali para frente, a banda que antes só tocava covers passa a criar um repertório próprio.
Após ouvir uma fita demo da banda, o produtor Ezequiel Neves convence o diretor artístico da Som Livre, Guto Graça Mello, a gravar a banda. Juntos convencem o relutante João Araújo a apostar no Barão.
Com uma produção barata e gravada em apenas dois dias, é lançado em 1982 o primeiro álbum da banda, Barão Vermelho. Das canções mais importantes, destacam-se "Bilhetinho Azul" (elogiadíssima por Caetano Veloso), "Ponto Fraco", "Down Em Mim" e a obra-prima "Todo Amor Que Houver Nessa Vida". Bom frisar que na época, Cazuza tinha apenas 23 anos, mas uma grande maturidade poética. Apesar de ser aclamado pela crítica, o disco vendeu apenas 7 mil cópias.
Depois de alguns shows no Rio de Janeiro e em São Paulo, a banda voltou ao estúdio e com uma melhor produção gravou o disco Barão Vermelho 2, lançado em 1983. Esse disco vendeu 15 mil cópias. Foi nessa fase que, durante um show no Canecão, Caetano Veloso apontou Cazuza como o maior poeta da geração e criticou as rádios por não tocarem a banda. Na época as rádios só tocavam pop brasileiro e MPB. O rótulo de "banda maldita" só abandonou o Barão Vermelho quando o cantor Ney Matogrosso gravou "Pro Dia Nascer Feliz". Era o empurrão que faltava, e a banda ganhou vida pública própria.
 Maior Abandonado e Rock in Rio
A banda é convidada a compor e gravar o tema do filme Bete Balanço. A canção, "Bete Balanço", torna-se um dos grandes clássicos dos barões, impulsionando o filme que vira sucesso de bilheteria. A canção também impulsionou as vendas do terceiro disco do Barão, Maior Abandonado, lançado em outubro de 1984, que conquistou disco de ouro, registrando outras composições como "Maior Abandonado" e "Por Que a Gente é Assim?".
Em 15 e 20 de janeiro de 1985, o Barão Vermelho se apresenta na primeira edição do Rock in Rio (o maior e mais importante festival da América do Sul). A apresentação da banda no quinto dia tornou-se antológica por coincidir com a eleição do presidente Tancredo Neves e com o fim da Ditadura Militar. Cazuza anuncia esse fato ao público presente e para comemorar, cantou "Pro Dia Nascer Feliz".
 "Não divido nada, muito menos o palco”
Cazuza deixou a banda a fim de ter liberdade para compor e se expressar, musical e poeticamente. Em julho de 1985, durante os ensaios do quarto álbum, Cazuza deixou o Barão Vermelho para seguir carreira solo. Suspeita-se que nesse mesmo ano começou a ter febre diariamente, indícios da AIDS que se agravariam anos depois. Ezequiel Neves (faleceu no dia 7 de julho de 2010), que trabalhou com o Barão, dividiu-se entre a banda e a carreira solo de Cazuza. "Fui 'salomônico'", declarou em entrevista ao Jornal, em 2007, quando Cazuza completaria 49 anos.
Carreira Solo
 Em agosto de 1985, Cazuza é internado para ser tratado por uma pneumonia. Cazuza exigiu fazer um teste de HIV, do qual o resultado foi negativo. Em novembro de 1985 foi lançado o primeiro álbum solo, Exagerado. "Exagerado", a faixa-título composta em parceria com Leoni, se torna um dos maiores sucessos e marca registrada do cantor. Também destaca a obra-prima "Codinome Beija-Flor". A canção "Só As Mães São Felizes" é vetada pela censura.
Cazuza gravou o segundo álbum no segundo semestre de 1986. Como a Som Livre terminou com o cast, Só Se For A Dois foi lançado pela PolyGram (agora Universal Music Group) em 1987. Logo depois, a PolyGram contratou Cazuza.
 A AIDS (doença da qual provavelmente sofria desde 1985) volta a se manifestar em 1987. Cazuza é internado com pneumonia, e um novo teste revela que o cantor é portador do vírus HIV. Em Outubro, Cazuza é internado na Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro, para ser tratado por uma nova pneumonia. Em seguida, ele é levado pelos pais aos Estados Unidos. Lá, Cazuza é submetido a um tratamento a base de AZT durante dois meses no New England Hospital de Boston. Ao voltar ao Brasil no começo de dezembro de 1987, Cazuza inicia as gravações para um novo disco.
Os shows se tornam mais elaborados e a turnê do disco Ideologia, dirigido por Ney Matogrosso, viaja por todo o Brasil. O Tempo Não Pára, gravado no Canecão durante esta turnê, é lançado em 1989. O disco se tornou o maior sucesso comercial superando a marca de 500 mil cópias vendidas. A faixa "O Tempo Não Pára" torna-se um de seus maiores sucessos.
Em fevereiro de 1989, Cazuza declara publicamente que era soropositivo, ajudando assim a criar consciência em relação à doença e aos efeitos dela. Cazuza comparece na cerimônia do Prêmio Sharp de cadeira de rodas, onde recebe os prêmios de melhor canção para "Brasil" e melhor álbum para Ideologia.
Burguesia (1989) foi gravado com o cantor numa cadeira de rodas e com a voz nitidamente enfraquecida. É um álbum duplo de conceito dual, sendo o primeiro disco com canções de rock brasileiro e o segundo com canções de MPB. Burguesia é o último disco gravado por Cazuza e venderam 250 mil cópias. Cazuza recebeu o Prêmio Sharp póstumo de melhor canção com "Cobaias de Deus".
Morte
Em outubro de 1989, depois de quatro meses a base de um tratamento alternativo em São Paulo, Cazuza parte novamente para Boston, onde ficou internado até março de 1990 voltando assim para o Rio de Janeiro.
No dia 7 de julho de 1990, Cazuza morre aos 32 anos por um choque séptico causado pela AIDS. No enterro compareceram mais de mil pessoas, entre parentes, amigos e fãs. O caixão, coberto de flores e lacrado, foi levado à sepultura pelos ex-companheiros do Barão Vermelho. Cazuza foi enterrado no cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.
 Legado
Em apenas nove anos de carreira, Cazuza deixou 126 canções gravadas, 78 inéditas e 34 para outros intérpretes.
Após a morte de Cazuza, os pais fundaram a Sociedade Viva Cazuza em 1990. A Sociedade Viva Cazuza tem como intenção proporcionar uma vida melhor a crianças soropositivas através de assistência à saúde, educação e lazer.
Em 1997, a cantora Cássia Eller lançou o álbum Veneno AntiMonotonia, que traz somente composições de Cazuza.
As canções de Cazuza já foram reinterpretadas pelos mais diversos artistas brasileiros dos mais diversos genêros musicais.
A Som Livre realizou o show Tributo a Cazuza em 1999, posteriormente lançado em CD e DVD, do qual participaram Ney Matogrosso, Barão Vermelho, Engenheiros do Hawaii, Kid Abelha, Zélia Duncan, Sandra de Sá, Arnaldo Antunes e Leoni.
No ano 2000 foi exibido no Rio de Janeiro e em São Paulo o musical Casas de Cazuza, escrito e dirigido por Rodrigo Pitta, cuja história tem base nas canções de Cazuza.
Em 2004 foi lançado o filme biográfico Cazuza - O Tempo Não Pára de Sandra Werneck.
Fonte: Cazuza. Disponível na Internet via WWW. URL: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cazuza. 21 de maio de 2011.